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Insegurança Alimentar em Comunidades Vulneráveis: Um Obstáculo Persistente

  • Foto do escritor: Quezia Silva
    Quezia Silva
  • 20 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de nov. de 2024

A insegurança alimentar afeta milhões de pessoas no Brasil, uma situação crítica em comunidades vulneráveis. Segundo o IBGE em 2023, 27,6% dos domicílios brasileiros (aproximadamente 21,6 milhões) enfrentaram algum grau de insegurança alimentar. Desses, 18,2% (14,3 milhões de domicílios) estavam em insegurança alimentar leve, 5,3% (4,2 milhões) em situação moderada, e 4,1% (3,2 milhões) em insegurança grave.

Em comparação, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 indicava um percentual maior de domicílios em insegurança alimentar, totalizando 36,7%.


A relação entre os dois períodos reflete nas condições socioeconômicas, que continuam a agravar a insegurança alimentar, estas condições têm contribuído para a persistência e o agravamento da insegurança alimentar, afetando significativamente os lares periféricos. 

No enfrentamento da insegurança alimentar, o exercício de técnicos em nutrição é fundamental para compreender os desafios e propor soluções práticas que atendam às necessidades das comunidades mais vulneráveis. 


Conversei com o Esli Souza Silva técnico em nutrição compartilhará sua experiência no combate à fome em comunidades de baixa renda e os impactos da má alimentação. 


Esli inicia contando que a insegurança alimentar é frequentemente impulsionada pela falta de recursos financeiros. A cesta básica está cara, tornando inacessível para muitas famílias em situação de vulnerabilidade. Assim os alimentos ultra processados, ricos em calorias vazias e pobres em nutrientes, são mais disponíveis e com preços baixos.         

A precariedade no mercado de trabalho, a economia do país como valores segundo a inflação, educação limitada onde a ausência de conhecimento sobre a importância de uma alimentação saudável e o capitalismo,

a rotina desenfreada,

a urbanização também implicam numa influência de consumir alimentos industrializados. 


Sobre os fatores sociais, econômicos e culturais contribuem para a insegurança alimentar nesses contextos. Esli comenta que em muitas comunidades marginalizadas, há uma segregação social que limita o acesso a alimentos saudáveis.

A falta de recursos financeiros é uma das causas mais evidentes, desemprego ou dependência em trabalhos informais não garantem um orçamento fixo, tornando as famílias periféricas vítimas. 

Pergunto sobre sua avaliação sobre o impacto de políticas públicas, como o Bolsa Família ou programas de merenda escolar na redução da insegurança alimentar o técnico responde que as políticas públicas têm um impacto significativo na redução da insegurança alimentar em comunidades vulneráveis, programas sociais como o Bolsa Família age como renda possibilitando que as famílias adquiriram alimentos básicos melhorando a qualidade da dieta. Já a merenda escolar é uma grande aliada no combate à fome, favorecendo o desempenho escolar, crianças bem alimentadas conseguem se concentrar e aprender melhor. 


Com sua bagagem questiono alguma experiência prática trabalhando diretamente com comunidades marginalizadas, Esli divide que suas vivências permitiram observar de perto os desafios enfrentados pelas pessoas por causa das lacunas deixadas pelo poder público. Entender as reais necessidades da comunidade é essencial para encontrar soluções. 

Muitas vezes, os desafios vão além da alimentação, como questões emocionais, sociais e econômicas que também influenciam suas escolhas alimentares.              

As pessoas dependem de doações, iniciativas de ONGs e redes comunitárias para acessar alimentos básicos, relatos como dificuldades em acessar benefícios sociais pelos problemas na emissão de documentos ou falta de informações.


Assim então entendemos que a insegurança alimentar é uma questão urgente que reflete desigualdades socioeconômicas profundas no Brasil, afetando milhões de famílias em diferentes níveis de gravidade. A entrevista mostrou que fatores como desigualdade de renda, aumento do custo de vida e crises econômicas intensificam a vulnerabilidade alimentar, especialmente em comunidades periféricas. 

 

Em Salvador a prefeitura disponibiliza refeições gratuitas de segunda a sexta-feira, com cardápios nutricionalmente balanceados que ajudam a combater a insegurança alimentar em comunidades vulneráveis.

PROCURE AS UNIDADES: 

Restaurantes Populares Vida Nova: São Tomé de Paripe, Pau da Lima, Águas Claras, Periperi, Fazenda Coutos, Sussuarana, São Cristóvão, Mares, Valéria e Pernambués.  

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