Gol da Inclusão? O Futebol Brasileiro Está Abraçando a Comunidade LGBTQ+?

O futebol desempenha um papel significativo na promoção da inclusão social, o Brasil é reconhecido como o país do futebol e essa alcunha reflete não apenas a paixão nacional pelo esporte, mas também a sua profunda conexão com a identidade cultural e social do país.

A modalidade no Brasil excede os campos, tornando-se uma linguagem universal capaz de unir pessoas de diferentes origens, classes sociais e regiões.

Neste contexto de acolhimento e pertencimento o Brasil enfrenta um desafio importante quando se trata da comunidade LGBTQ+ no esporte, especialmente no futebol.  

Em 2023 a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou através de um relatório do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+ o aumento significativo nos casos de LGBTFOBIA nos estádios, nas plataformas digitais e na imprensa. Segundo o estudo, ocorreu 76% mais casos de homofobia no futebol do Brasil dentro e fora de campo em relação ao ano anterior de 2022. 

No dia 18 de novembro de 2024 a seleção brasileira realizou em Salvador um treino em razão do jogo Brasil x Uruguai pelas eliminatórias da copa do mundo.

Com isso voltamos os olhos para os nossos times baianos, Bahia e Vitória que aproveitaram a importante visibilidade e realizaram uma ação conjunta em prol da comunidade LGBTQ+. A torcida LGBTricolor (Esporte Clube Bahia) e a Orgulho Rubro-negro (Esporte Clube Vitória) fizeram presença nesta ação de visita aos jogadores e ao técnico Dorival Júnior buscando evidenciar a promoção de um futebol cada vez mais inclusivo e diverso.

O Esporte Clube Bahia em dezembro de 2023 deu um passo notável em sua história e na história do futebol brasileiro, o clube foi o 1° a eleger com cerca de 34,17% dos votos um presidente declaradamente LGBT com um mandato do triênio 2024 – 2026.

No podcast do GloboEsporte

“Nos Armários dos Vestiários” vocês podem conferir a entrevista do presidente Emerson Ferretti, lá ele compartilha sua experiência vivendo como um atleta gay dentro do armário durante toda a sua bem-sucedida carreira de goleiro.

Ele também expressa seu desejo de se tornar um exemplo para a juventude e ajudar a fomentar uma nova perspectiva no futebol menos machista e homofóbica.  Reprodução: Uendel Galter/ Ag A Tarde.

• A Luta Contra a Discriminação: 

  
  

A CBF é a primeira confederação de futebol do planeta a adotar no Regulamento Geral de Competições a probabilidade de punir esportivamente os clubes em casos de discriminações. 

As discriminações vão desde xingamentos e cânticos nos estádios até comentários ofensivos nas redes sociais, o RGC - Regulamento Geral de Competições recomenda que sejam investigados quaisquer atos de discriminações de orientação sexual, de gênero, etnia e religião, entre outras infrações que insultem a dignidade humana. 

A CBF informa que as punições são:  

Advertência, Multa pecuniária administrativa no valor de até R$ 500 mil e serão destinadas a causas sociais, Vedação de registro ou de transferência de atletas e Perda de pontos no respectivo campeonato.

Além disso a CBF indica que essas punições serão impostas diretamente pela instituição, através de um comitê, e não dependerão das deliberações do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que fundamenta suas decisões no CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva).

Contudo, em situações de dedução de pontos, o STJD terá a autoridade final para validar (ou não) a resolução da entidade que supervisiona o futebol no país. 

A diversidade é nossa força 💪 e o respeito nossa maior vitória 🏆. 

O futebol deve ser para todos, e juntos faremos a diferença. ⚽🏳️‍🌈👥✨

Presenciou um crime de LGBTfobia no futebol? Denuncie! Ligue para o número 100 ou use o Disque Denúncia - 156 e reporte a situação assim poderemos combater o ódio, ajudar a construir um ambiente mais respeitoso e garantir a inclusão de todos, todas e todes. 🌈